O último dia do ano foi muito chuvoso cá na Ilha. Na Lagoa da Conceição, o dia foi tranquilo, com escasso movimento ao longo da Avenida das Rendeiras e na rodovia que liga às praias Mole, Barra e Joaquina. E a previsão é de que o domingo também será chuvoso, com uma temperatura agradável - entre 19 e 23 graus.
Nome em homenagem aos antigos moradores da Lagoa da Conceição que costumavam pegar muito siri nos seus balaios.Em especial a Lina Alexandrina, velha dama digna, rendeira, benzedeira, personagem rara de um lugar hoje totalmente transformado.E também porque, como os siris, aqui, um assunto puxa outro, passando por cinema,literatura,politica, assuntinhos leves, coisas da vida...
sábado, 31 de dezembro de 2011
CHOVE EM FLORIANÓPOLIS
O último dia do ano foi muito chuvoso cá na Ilha. Na Lagoa da Conceição, o dia foi tranquilo, com escasso movimento ao longo da Avenida das Rendeiras e na rodovia que liga às praias Mole, Barra e Joaquina. E a previsão é de que o domingo também será chuvoso, com uma temperatura agradável - entre 19 e 23 graus.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
RIBEIRÃO DA ILHA: BELEZA E SILÊNCIO
Tarde de quarta-feira. Enquanto no lado norte e leste da Ilha de Santa Catarina, o movimento nas rodovias era intenso,com turistas lotando as praias, cá neste canto - o Ribeirão da Ilha - o silêncio reinava. E tambem a beleza de um lugar que ainda conserva as coloridas casinhas e moradores nativos sempre gentis para quem todos que ali chegam são "queridos", "minha linda"...
Carlos Drummond de Andrade
Para voce ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para voce ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser:
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
voce não precisa beber champanhe ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
voce, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de voce que o AnoNovo
cochila e espera desde sempre.
Um bom Ano Novo aos queridos amigos e, como escreveu o eterno poeta, façam por merecê-lo.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
A PRIMAVERA
sábado, 17 de setembro de 2011
REFLEXÕES
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
O SOL - FINALMENTE -VOLTOU
domingo, 4 de setembro de 2011
OS MENINOS, A LOLA, AS ORQUÍDEAS
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
...E O SOL VOLTOU!
sábado, 23 de julho de 2011
A GATA E OS BARCOS
A BREVE VIDA DE AMY WINEHOUSE
Lembro da alegria que senti ao ouvir pela primeira vez aquela voz meio rouca, belíssima, com um ritmo ainda mais contagiante. A música era Rehab e a cantora era Amy Winehouse. Fui pesquisar e desde aquela época (2008) o CD Back to Black está na minha lista dos favoritos e não canso de ouvir. Na época, lembro ter comentado minha “descoberta” neste blog. Hoje veio a triste notícia: Amy Winehouse morreu. Tinha 27 anos e se junta à lista dos cantores de música pop que – parece sina - morreram precocemente com a mesma idade: Janis Joplin, Hendrix, Morrison...
A vida turbulenta de Amy fazia prever que a cantora caminhava para um fim trágico. Mas ninguém esperava que sua vida seria tão breve e que sua morte estava tão próxima.
É triste constatar que vai-se uma grande cantora. Uma das melhores deste século.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA
domingo, 3 de julho de 2011
CHUVA, FRIO E UM BOM LIVRO
...Fica-se velho imperceptívelmente. Seus joelhos começam a doer perceptívelmente. Não melhoram. De vez em quando pioram, e depois melhoram, mas nunca voltam ao que eram antes. Você começa a aceitar que tem joelhos ruins. Acomoda seu andar para compensar e aliviar, mas, ao fazê-lo, se prepara para o quadro de dor na lombar. Essas coisas eram complicadas e às vezes impossíveis de curar. E agora um dos sintomas do envelhecimento, talvez não o pior, mas decerto o mais visível, estava sendo tratado, com um método indolor e rápido. De um jeito bem simples. Só era preciso dinheiro e um tempinho. Além disso, bastava se sentar debaixo de um daqueles secadores marcianos e esperar, perguntando-se se você não devia ter escolhido um tom mais claro ou mais escuro. Ou dado uma cortada.
O trecho acima é do livro Jeff em Veneza, morte em Varanasi, do inglês Geoff Dyer, (Ed.Intrinsica) que citei no post abaixo mas escrevi errado (é Jeff e não Jeffrey).
Numa tarde de domingo fria a chuvosa, nada melhor do que se amontoar nas cobertas e ler um bom livro. Vai a sugestão. Geoff Dyer é considerado “provavelmente o melhor escritor britânico vivo”, segundo o Daily Telegraph.
E, terminada a leitura, começo a ler um outro, Erec e Enide, do espanhol Manuel Vázquez Montalbán. E já estou gostando. Comentarei mais tarde.
sábado, 2 de julho de 2011
IMAGENS, MEMÓRIA, TEMPO...
Um filme, um livro, pingos na janela, homens no barco, um casal de passarinhos nos fios do poste, um abraço apertado num amigo que há muito não via, outro na amiga que, sentada num barzinho na Lagoa, trocava comigo rápidas impressões sobre o frio, o inverno, o ventinho gelado no rosto...Sensações que ambas curtimos . Cá dentro a Baby enroscada na poltrona e eu pensando, escrevendo, me perdendo nesse mundo invisível que preenche minha memória e me leva, me leva, vai para o passado, volta, retorna, se perde... Há a dor no corpo, a dificuldade de mexer as pernas, a constatação de que o vigor físico jamais será recuperado. Há a atenção redobrada no simples ato de comer, almoçar, beber ("tem muito sal? qual o teor alcóolico do vinho? então vou tomar água, e sem gaz, por favor"). Sentar num bar para um cafezinho, saborear uma trufa, um brigadeiro, ainda é um bom programa. Mas há também um problema: as incomodas cadeiras, sem conforto, duras. Daí inventei uma outra dor, a "dor de bar". Basta ficar um tempo razoável sentada e ao levantar, uff, lá está ela, instalada nas minhas costas.
E tem a operação ir ao cinema. Primeiro, é necessário saber em qual sala está passando o filme escolhido. Se for a sala 1 do Iguatemi, tudo bem: tem corrimão e posso me segurar e ir até a poltrona. Caso contrário, só me resta torcer que o filme escolhido tenha cópia em DVD. Como as opções de bons filmes estão escassas cá na Ilha, não tenho enfrentado tanto esse problema. Li recentemente uma frase no livro "Jefrey em Veneza, Morte em Varanesi" que um dos sinais de que a velhice estava chegando foi perceber que seus joelhos doiam muito já ao levantar. No meu caso, a dor já se instalou e em meu corpo permanece durante 24 horas. Sei que tenho um agravante: obrigada a tomar imunossupressor e cortisona há mais de 20 anos (tenho um rinsinho implantado na minha barriga e graças a ele sobrevivo) mesmo querendo me fortalecer pra enfrentar as "dores nos quartos" não conseguiria.
Mas ainda tenho a memória. Lembro, recordo, reflito...Minha memória pouco me trai. Há, sim, o cansaço mental. Claro, não me exijam lembrar do tal ator de determinado filme, ou determinada cena de que filme mesmo? E também não me exijam passar uma tarde inteira conversando. Nem permanecer no meio de muita gente. Aquela algaravia, as vozes, a mistura de sons, me cansa. Mais de cinco pessoas ao meu redor já é comício. Há bem pouco tempo, não era assim, é verdade. Se antes achava que o barco da última viagem ainda estava na outra margem, aos poucos percebo que ele já percorreu boa parte do rio.
E no tempo que me resta, vou continuar olhando para os passarinhos, vendo os pescadores arrumando suas redes, o movimento das nuvens no céu, e, se possível, tentando eternizar esses momentos através da minha câmera na triste ilusão que, fixando a imagem, eternizarei a vida.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
PASSARINHOS NO IPÊ
Para compor um tratado sobre passarinhos
É preciso por primeiro que haja um rio com árvores
e palmeiras nas margens.
E dentro dos quintais das casas que haja pelo menos goiabeiras.
E que haja por perto brejos e iguarias de brejos.
É preciso que haja insetos para os passarinhos.
Insetos de pau sobretudo que são os mais palatáveis.
A presença de libélulas seria uma boa.
O azul é muito importante na vida dos passarinhos.
Porque os passarinhos antes de belos ser eternos.
Eternos que nem ma fuga de Bach.
.............
Manoel de Barros
domingo, 12 de junho de 2011
A "ROMARIA" DA BANDEIRA DO DIVINO
terça-feira, 31 de maio de 2011
AS TAINHAS ESTÃO CHEGANDO
segunda-feira, 30 de maio de 2011
FOI BONITA A FESTA
sábado, 28 de maio de 2011
O REENCONTRO DOS DINOSSAUROS DA IMPRENSA DE SC
domingo, 22 de maio de 2011
O RONCO DA BABY
O ron-ron dos gatinhos
Adriana Calcanhotto
Composição : Adriana Calcanhotto/Ferreira Gullar
O gato é uma maquininha
que a natureza inventou;
tem pêlo, bigode, unhas
e dentro tem um motor.
Mas um motor diferente
desses que tem nos bonecos
porque o motor do gato
não é um motor elétrico.
É um motor afetivo
que bate em seu coração
por isso ele faz ron-ron
para mostrar gratidão.
No passado se dizia
que esse ron-ron tão doce
era causa de alergia
pra quem sofria de tosse.
Tudo bobagem, despeito,
calúnias contra o bichinho:
esse ron-ron em seu peito
não é doença - é carinho.
(*) Além do ron ron, minha amiguinha de quatro patas também ronca. Quando ela dorme, do seu peito sai um som muito parecido com o nosso ronco, aquele que, dependendo do volume, chega a tirar nosso sono. Por enquanto, o ronco da Baby ( que, devido ao frio, decidiu dormir comigo - digo "decidiu"porque gato se impõe, toma conta, faz o que quer e a nós, humanos, só resta obedecer) ainda não me perturbou. Ambas estamos curtindo esse friozinho gostoso do outono.
terça-feira, 17 de maio de 2011
PONTA DO CORAL AMEAÇADA
A Ponta do Coral mais uma vez está ameaçada de ser ocupada por um grande empreendimento. Tema de matéria no DC, ficamos sabendo que há um projeto para construir naquele cobiçado terreno um "Parque Marinas Ponta do Coral, da Hantei Engenharia" que prevê "a construção de um hotel de luxo com lojas e restaurantes, uma marina para 300 barcos e parque com praças, anfiteatro, playground e equipamentos esportivos.”
Não bastasse mais esse projeto - cuja população ja,ais foi informada e muito menos consultada - recebo outra informação:nossa Ilha também está sendo "vendida" através de uma propaganda veiculada na BBC. Basta acessar o site abaixo e lá estão figuras conhecidas de Florianópolis (entre eles Guga Kuerten) falando sobre as belezas de nossa Ilha e convidando-os para aqui investirem.
Enquanto nossas belezas são "vendidas" nós, moradores, enfrentamos diariamente um transito caótico, atendimento hospitalar precário, deficiência na educação, transporte coletivo precário, graves problemas nas áreas da saúde, da educação, sem rede de esgoto, praias poluídas... São tantos os problemas!
http://news.bbc.co.uk/2/hi/programmes/fast_track/9480739.stm