Nome em homenagem aos antigos moradores da Lagoa da Conceição que costumavam pegar muito siri nos seus balaios.Em especial a Lina Alexandrina, velha dama digna, rendeira, benzedeira, personagem rara de um lugar hoje totalmente transformado.E também porque, como os siris, aqui, um assunto puxa outro, passando por cinema,literatura,politica, assuntinhos leves, coisas da vida...
domingo, 30 de agosto de 2009
ORA (DIREIS) OUVIR ESTRELAS!
sábado, 29 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
A PONTE APARECEU
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
EM DEFESA DO CÉU
domingo, 23 de agosto de 2009
O SABOR QUE VEM DO FRIO
A MÍDIA E O JOGO DE PODER
Celso Vicenzi é um competente jornalista e, recentemente, publicou no site ao qual colabora, uma relfexão sobre a credibilidade dos jornalistas que trascrevo abaixo. É uma boa reflexão sobre a nossa profissão.
A Credibilidade dos Jornalistas
Celso Vicenzi
Saiu há pouco o resultado de uma pesquisa que põe jornalistas, profissionais de marketing e publicitários entre as 10 profissões com maior índice de credibilidade no Brasil. Respectivamente na quinta, oitava e nona posições. A pesquisa foi realizada pelo grupo alemão Gfk, que ouviu 17 mil pessoas em 16 países europeus, nos EUA e no Brasil. No plano internacional, porém, as três profissões ocupam as 12ª, 13ª e 16ª posições. Talvez porque o povo, nesses países, tenha mais acesso à educação e, consequentemente, maior discernimento crítico.
Bombeiros, carteiros, médicos e professores de ensino fundamental e médio obtiveram os melhores índices. Vale lembrar que os políticos, sem nenhuma surpresa, ficaram em último lugar, com apenas 16% de credibilidade no Brasil e 18% internacionalmente. Não vou comentar sobre os profissionais de marketing e publicitários, pois temos ótimos colunistas aqui no “acontecendoaqui” para se ocupar dessa tarefa, se assim desejarem.
Meu foco são os jornalistas e o jornalismo, meu território há 35 anos. Há coisas boas e ruins para falar. Diante do enorme poder que a mídia exerce, hoje em dia, sobre a opinião pública, acho melhor alertar para alguns problemas. Falarei das virtudes em outra ocasião.
Parece-me que, apesar de não serem poucas as vezes em que nós jornalistas nos precipitamos e atropelamos os acontecimentos, pecamos pela falta de análise consistente, abusamos da superficialidade e não contextualizamos devidamente os fatos – para não falar daqueles que ideologicamente optam por desvirtuar, omitir e manipular informações – a população ainda têm nos olhado com confiança porque, num país em que os poderes públicos pouco fazem, perdidos em burocracias e lutas intestinas pelo poder, coube à mídia, no Brasil, à tarefa de responder minimamente às angústias do povo.
Um dos problemas é que, na ânsia de fazer justiça, os jornalistas, não raro, ultrapassam os limites da sua função e passam a proferir sentenças, sobretudo condenatórias, antes mesmo da Justiça se manifestar. Simples suspeitas viram manchetes de primeira página. E desmentidos, não raro, se escondem num pé de página. A mídia, que tanto se arvora no direito de a todos julgar, dedica-se muito pouco a admitir, publicamente, seus erros e os interesses que estão em jogo. E que não são poucos. Há uma corrida, cada vez maior, pelo que se denominou de “espetacularização” da notícia. Tudo vira espetáculo. Inclusive tragédias. E diante de um drama brutal que acaba de acontecer, com famílias chorando seus mortos, os jornalistas se acham no direito de fazer perguntas. Há uma invasão de privacidade. Há um despudor sem limites. Entra-se no cenário de um drama sem pedir licença à dor alheia. Há a busca insistente por imagens e depoimentos impactantes, que emocionem as multidões.
A MANIPULAÇÃO DA VERDADE
Nos jornais e telejornais, já ouvi de editores: “Tem imagem? Não, então a matéria não entra.” Ou a ela se destina um cantinho do jornal/telejornal. Conteúdo, relevância para a sociedade, exemplos esclarecedores do que está acontecendo? Tudo fica em segundo plano para dar passagem à sua excelência, a imagem, como se ela fosse a suprema revelação da verdade. Mas sabemos que ela pode ser tão manipuladora da verdade quanto qualquer texto panfletário. Para isso há a edição e, antes dela, a escolha mesmo de um fato. Quando e para onde eu aponto a minha câmera? O que dirá o meu texto? Num conflito entre traficantes e policiais, que tem a população das favelas como maiores vítimas, onde estou posicionado? Atrás dos policiais ou lá dentro da favela? Só o lugar, de onde acompanharei o desenrolar dos fatos já define muito. Quem são as minhas fontes? São sempre só as autoridades? Dá-se a palavra, em horário nobre, ao povo, como protagonista, ou ele será sempre um coadjuvante? Será sempre das autoridades ou dos intelectuais a versão final dos episódios? Que frases de cada personagem escolherei para narrar o que aconteceu e interpretar o sucedido? Escolhas não são isentas de conteúdo ideológico. Nem mesmo as palavras. Escrevo “invasão” ou “ocupação” do MST? Você é um trabalhador “multifuncional” ou será que está mesmo com uma sobrecarga de trabalho? O problema é que boa parte dos jornalistas “naturaliza” os conceitos como se fossem imparciais. Ao noticiar um fato, nenhuma neutralidade é possível. Pior ainda se o jornalista desconhecer isto. Quanto mais consciência política e ética o jornalista tiver, menos enganará a si e aos consumidores de suas notícias.
A mídia é hoje peça fundamental no tabuleiro do jogo de poder. Atualmente as empresas de comunicação têm participação em outros negócios que, no mínimo, a põe sob suspeita ao noticiar muitos eventos. Um exemplo emblemático: segundo Mauro Malin, no Observatório da Imprensa, a Folha de São Paulo é sócia, desde 1996, da Odebrech, do Unibanco e da americana Air Touch num projeto de telefonia celular, a famosa Banda B. Em 1994, este jornal publicou reportagens em que o nome da Odebrech aparece 244 vezes, sempre de modo negativo. Em 1996, com a sociedade já selada, a construtora é citada apenas 90 vezes e a imagem negativa em não mais do que 5% do total. Isso acontece com vários veículos de comunicação e empresas.
Costuma-se dizer que se as pessoas soubessem o que contém uma salsicha, talvez não comeriam. Exagero à parte, pode-se também dizer que se a população soubesse como se escolhem as notícias (e os jornalistas!), como são escritas, narradas e comentadas e a quais interesses servem, talvez essa credibilidade que aparece na pesquisa ficasse um tanto quanto abalada. Ou como brilhantemente definiu o sociólogo Boaventura de Sousa Santos: “Quem tem poder para difundir notícias, tem poder para manter segredos e difundir silêncios. Tem poder para decidir se o seu interesse é mais bem servido por notícias ou por silêncios.”
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
A "BARCA" É FASHION
A PEQUENA MODELO
foto: elaine borges
As criancinhas impressionaram pela "seriedade" e "profissionalismo".
No folder distribuido há a referência à Biblioteca Barca dos Livros: "A atividade especial acontece uma vez por mês, aos domingos, quando uma barca cheia de livros leva pais e filhos a um passeio lúdico e literário pelas água da Lagoa da Conceição".
CABEÇA,OLHO E CORAÇÃO
TULIPA? NÃO, CICLAME
Pensei ter em casa, no meu “jardim de inverno”, um vaso de tulipa. Errei. Essas belas flores são de ciclame (*) - cyclamen persicum - conhecida também como ciclame da Pérsia, ciclame de Alepo ou ciclâmen, como li no blog da Sonya. Originária das Ilhas Gregas e da região do Mar Mediterrâneo resiste bem em vasos de interiores. Disso eu tenho certeza. É a primeira vez que consigo manter por muito tempo um vaso de flores no meu apartamento. As flores ainda estão ali, bem próximas à janela, protegidas do vento. E o bom é que exalam um suave perfume.
(*) Obrigada Teca, pela correção.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
LINA x DILMA
Fica no ar a pergunta: "teria Dilma Rousseff mentido?" Se mentiu, que feio. Bastaria dizer a verdade. É isto que se espera de qualquer pessoa que ocupe cargo público. Ainda mais dela, candidata à Presidente da República.
domingo, 16 de agosto de 2009
TARDE DE DOMINGO
sábado, 15 de agosto de 2009
NAÇÃO WOODSTOCK
A canção final do show de Joan foi de tirar o fôlego: sua versão a capela do clássico gospel “Swing Low, Sweet Chariot”. A doce voz de soprano suave como veludo e afiada como uma lâmina, atravessou os pingos de chuva do ar noturno e atingiu de maneira profunda e comovente os corações dos peregrinos cansados diante dela.
Havia a música. A idéia de rejeitar o resto do mundo e viver de maneira natural. Havia a cultura das drogas. A posição contra o governo, especificamente sua política para o Vietnã. E tudo se agrupou naquele momento. É interessante que chamem de Nação Woodstock porque era isso que todos queriam – estar separados, ter sua própria comunidade. E por três dias todos a tiveram. Quando olho para a segunda metade dos anos 1960, percebo que foi o único período em que ouvi falar a sério sobre o amor como uma força para combater a ambição, o ódio e a violência.
Não penso que Woodstock foi um “milagre” – algo que pode acontecer apenas uma vez. Nem penso que os que dele participaram estabeleceram uma tradição instantânea – uma maneira de fazer as coisas que instituiu um padrão para eventos futuros. Foi uma confirmação de que esta geração tem, e compreende que tem, sua própria identidade.
Ninguém sabe qual será o desdobramento: ainda é muito recente. Em resposta à sua mansidão, penso nas palavras “olhai os lírios do campo...” e espero que nós – e eles mesmos - possamos continuar a confiar na comunidade de sentimentos que fez tantos dizerem sobre aqueles três dia, “Foi lindo”.
Depoimento da antropóloga Margaret Mead à revista Red, em 1970.
...Mas o problema era que eu estava no palco e não sabia mais o que cantar, então olhei para cima e disse, “liberdade não é o que eles fazem a gente pensar que é, nós já temos. Tudo que devemos fazer é exercê-la, e é isso que estamos fazendo bem aqui”. Então comecei a tocar umas notas procurando alguma coisa e a palavra saiu, “freedom” (liberdade).
De Richie Havens, o primeiro a cantar.
Os hippies dividiam tudo que tinham – comida, salada de cenoura com passas, barracas, um baseado. Quatrocentos e cinqüenta mil, ou seja lá quantos estavam lá, era um organismo vivo de gente. Muitos viram a lama, as coisas feias. Eu só posso dar minha visão do que vi, e o que vi foi uma convergência verdadeiramente harmoniosa. Era o começo da revolução da conscientização em grande escala.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
AGRESSÃO À PROFESSORA
TRISTES TEMPOS
Cena triste, sim. O local, uma escola, seria o último a registrar tanta violência, ira, raiva. Não de alunos em brigas hoje quase comuns nos pátios das escolas. Mas de uma mãe agredindo uma educadora.
Tristes tempos.
Há quem diga que nosso país está perdendo o sentido da ética, do respeito. E apontam que o exemplo da má educação, da falta de ética, vem de cima. Se antes o "toma lá dá cá", os acordos, eram feitos às escuras, nos bastidores, em salas fechadas, hoje não mais. Se não há respeito, grandeza, nobres gestos entre aqueles que nos governam; se alguns acham que seus aliados não são "comuns" e tem uma "biografia" (e que biografia!) a zelar, como exigir respeito, educação, ética, nas escolas? Se os debates em uma das mais nobres Casas do Legislativo, o Senado, são tão baixos; se um senador, ex-presidente (cassado, graças a Deus) manda um outro "nobre colega" que "engula" o que estava dizendo da tribuna e ainda fazer o "uso que bem entender" como exigir mais educação das pessoas comuns?
Há quem diga que estamos vivendo momentos tão medíocres e pequenos, através do comportamento dos políticos; momentos repletos de favorecimentos, corrupção, jogo de interesses que nossa democracia ficou mais frágil. Como uma renda puída que, com o passar do tempo, apresenta cada vez mais buracos.
As cenas de agressão e violência em ambientes onde a meta final é a educação, portanto, não são de surpreender. Há escolas que exigem a presença da polícia. E Florianópolis, infelizmente, agora também faz parte dessa lista onde a violência já chegou às escolas. E, nesse caso, a agressora foi a mãe de uma aluna.
O CANTOR DA VOZ DOURADA
Quando saio, gosto de deixar minha gatinha ouvindo música. Já li em algum lugar que animais - cães e gatos, em especial - ficam mais tranquilos quando ouvem música. Eu tenho certeza. E hoje vimos, juntas, o documentário especial com Bono, Rufus, Nick Cave e outros cantando algumas das tantas belas músicas do poeta canadense Leonard Cohen, o cantor que tem o "dom da voz dourada".
terça-feira, 4 de agosto de 2009
À ESPERA DO BOM TEMPO
Nos últimos dois dias ela achou outro cantinho pra ficar mais perto de mim: o meu toca-discos (sim, já disse, ainda curto meus vinis). É claro que, como sabem, cá em casa quem manda é ela, ontem não consegui ouvir minhas músicas prediletas (comprei, lá na Praça XV, o LP “Time Further Out – Miro Reflections – do genial The Dave Brubeck Quartet”). Eu apenas temi que ela quebrasse a tampa do toca-discos: a Baby é enorme, pesa quase cinco quilos...
Na sua vidinha diária, há o momento da janela: lá ela fica olhando o mundo do décimo andar. Ontem também curtiu meu “jardim de inverno” (meus vasos de lavanda e de tulipa) dando mais vida ao meu tranqüilo recanto onde, nos últimos dias, tenho permanecido, fugindo do frio, do vento e da chuva. E em silenciosos diálogos com a Baby. Ela também tem me dito que está esperando temperaturas mais elevadas pois é muito friorenta. Embora saiba que, com bom tempo, pernas pra que te quero...
BOA NOTÍCIA
sábado, 1 de agosto de 2009
"A LAGOA ESTÁ MORRENDO"
A GRIPE A E AS MÁSCARAS
Se nosso Estado está entre os seis mais atingidos pela gripe A causa estranheza o fato de que essa informação só tenha sido divulgada pela mídia nacional. Há na mídia local detalhadas informações sobre como evitar o contágio, tais como não freqüentar locais fechados, lavar as mãos com freqüência, usar lenços ao espirrar... Mas há uma orientação que pouco está sendo seguida em Florianópolis: a freqüência aos shoppings não diminuiu. Ao contrário, ontem à tarde os shoppings estavam lotados. Claro, com chuva e com as crianças ainda em férias escolares, o que fazer? Ir às compras, aproveitar as liquidações e, se possível, tentar esquecer que há uma pandemia de gripe por aqui. Resta-nos esperar que os termômetros voltem a marcar temperaturas mais elevadas. Eu, por enquanto, tento evitar aglomerações. “Saia com máscara, no teu caso é mais seguro”, sugeriu minha oculista (que é de origem japonesa). Mas, sinceramente, ficaria bem encabulada de circular por aí com máscara cirúrgica. É muito estranho. Infelizmente não faz parte ainda da nossa cultura esse hábito, tão comum no Japão, como disse minha oculista.